Olho da rua –
O governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), também poderá perder o mandato, a exemplo do seu amigo e senador Expedito Júnior (PR-RO). O parlamentar teve seu mandato cassado, ontem à noite, por unanimidade dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral. O governador é acusado dos mesmos crimes de compra de votos e abuso de poder econômico.
Os dois foram acusados pelos adversários de pagar R$ 100 por voto. A quantia teria sido depositada no dia 29 de setembro de 2006 nas contas bancárias dos funcionários da empresa Rocha Segurança e Vigilância, de propriedade do irmão de Expedito, o empresário Irineu Gonçalves Ferreira. O senador cassado disse a este site que as provas foram forjadas, mas esta alegação, que chegou atrasada ao TSE, não foi levada em consideração pelos ministros.
Expedito e Ivo Cassol acusam o ex-presidente da Assembléia Legislativa, Carlão de Oliveira, de montar o teatro da compra de votos. Carlão é o mesmo que foi preso durante a Operação Dominó da Polícia Federal. Além do ex-deputado estadual, também figuram os seguintes personagens no processo que tramita no TSE: Rodrigo Batista Baltazar, autor das gravações e da denúncia da armação de compra de votos; Bedim, gerente da Eucatur, empresa que pertence ao empresário Acir Gurgacz, segundo colocado nas eleições para senador.