Sob pressão –
A renúncia de José Sarney à presidência do Senado Federal é tida como certa. Segundo fonte muito próxima ao senador, ouvida na tarde desta quarta-feira pelo ucho.info, ele já teria tomado essa decisão há algum tempo se dependesse apenas dele. Sarney está sob efeito de medicação para suportar a pressão que vem sofrendo há dias por conta dos escândalos do Senado, que acabaram respingando no cacique maranhense.
Quando encerrou a sessão do plenário em respeito ao falecimento do deputado federal licenciado José Pinotti (DEM-SP), o presidente do Senado foi questionado pela reportagem deste site se está mais tranquilo. “Eu estou sempre tranquilo”, respondeu Sarney, que aguarda a chegada ao Brasil do presidente-metalúrgico Lula da Silva. A ele o senador deverá anunciar a renúncia, mas vai impor condições.
O governo tem muito a perder com a saída de Sarney. Num prazo de 30 dias, quando deverá haver nova eleição para a presidência do Senado, a oposição poderá viabilizar a instalação de duas CPIs, da Petrobras/ANP e do Dnit, tiros certeiros para prejudicar a ministra Dilma Rousseff, virtual candidatura do PT e da base governista à sucessão presidencial. Na reunião da tarde desta terça-feira da bancada petista, decidiu-se aguardar a reunião de Lula com Sarney, que pode acontecer ainda nesta noite ou amanhã pela manhã. Sendo o PT tutelado por Lula, qualquer decisão passa, necessariamente, pelo Palácio do Planalto.
