Café de presidentes –
O ministro Gilmar Mendes esteve nesta quinta-feira com o senador José Sarney (PMDB – AP) para discutir temas relativos ao Judiciário que tramitam no Congresso. De acordo com o presidente do Supremo Tribunal Federal, a crise que abateu o Senado está “retardando” as atividades que dependem de votação da Casa, como a escolha de integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Mas essa demora, se forem confirmadas a tranquilas previsões do ministro, deve acabar em dois tempos. Afinal, “as crises políticas no país normalmente são passageiras”, como acredita Gilmar Mendes. Se o presidente do STF estiver se referindo à substituição do movimento “Fora Gilmar” pelo “Fora Sarney”, ou ainda ao esquecimento de CPI’s em virtude de novos escândalos, podemos atribuir-lhe a devida razão. Porém, se considerarmos que entre um evento e outro não há intervalo de tempo, e sim troca de foco de atenção, chegamos à conclusão de que Mendes está redondamente enganado. O correto, nesse caso, seria dizer que o Brasil nunca saiu de uma crise, desde 1500. Que proponham a CPI Brasil!