Reforma eleitoral começa a ser votada nesta semana

urna_eletronica_01Mudança homeopática
Tramitando sobre o regime de urgência, a reforma eleitoral começa a ser votada ainda nesta semana. A mudança, que entre seus tópicos prevê a liberação da campanha via internet, tem o objetivo de regulamentar as campanhas pré-eleitorais, legalizar reuniões em recintos fechados e entrevistas jornalísticas. De acordo com o projeto, o espaço dedicado à propaganda visual deverá ter no máximo quatro metros quadrados e a comercialização de espaços será proibida. Além disso, os veículos de comunicação terão o limite de dez anúncios por candidato. Em outro ponto, a reforma concederá um período para que cavaletes móveis com até quatro metros quadrados sejam utilizados entre 6h às 22h.

Apesar de tudo, a reforma se mostra superficial ao ponto que em nenhum momento é abordada, por exemplo, a criação de mecanismos que impeçam a criação das chamadas candidaturas fantasmas. A prática nada ortodoxa vem sendo usada há anos. O petista Luiz Marinho, atual prefeito da cidade de São Bernardo do Campo, ainda não rebateu as acusações de que sua campanha usou cerca R$ 5 milhões para financiar mais de 200 candidaturas-fantasmas. Calcula-se que Marinho, em São Bernardo do Campo, gastou cerca de R$ 3,17 por eleitor, aproximadamente seis vezes mais que sua companheira de partido Marta Suplicy, em São Paulo, que investiu oficialmente R$ 0,54 por voto.