Acordo entre oposição e governistas garante instalação da CPI da Petrobras

arthur_virgilio_051Agora vai!
Prevaleceu o acordo entre a oposição e a base governista para instalação da CPI da Petrobras/ANP na próxima terça-feira, às 15 horas. O líder dos tucanos, Arthur Virgílio (AM), renunciará ainda nesta quinta-feira à relatoria da CPI das ONGs, devolvendo-a ao senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). O parlamentar cearense, que ficou na função há quase um ano, tem seguido as regras do Palácio do Planalto e por isso não tem investigado doações supostamente ilegais de recursos públicos para entidades não-governamentais. Mesmo assim, ele retorna à função para atender novamente a interesses políticos.

Para garantir a instalação da CPI da Petrobras/ANP, a oposição também desistiu, definitivamente, de apresentar requerimento para instalação da CPI do DNIT, embora já tenha o número de assinaturas necessário (27). O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também recuou da proposta de ingressar, na tarde desta quinta-feira, com ação no Supremo Tribunal Federal para forçar o presidente do Senado, José Sarney (PMSB-AP), a nomear compulsoriamente os membros substitutos da Comissão, já que os líderes governistas se negavam a apresentar os nomes.

A base governista, no entanto, disse que indicará o nome para a presidência da comissão (que deverá ser votado) e o do relator (indicado pelo presidente da CPI). Há uma briga intestina entre o líder peemedebista Renan Calheiros (AL) e o líder do governo, Romero Jucá (PMAB-RR), pela relatoria da comissão de investigação da Petrobras. Calheiros é contra a ideia de Romero assumir a função, prefeindo indicar um dos seus amigos, provavelmente Almeida Lima (PMDB-SE).

Hoje pela manhã, Arthur Virgílio avisou que brigará por um dos cargos, pois considera o bloco formado pelo PSDB e Democratas a maior bancada e que por isso teria direito legítimo.