Dinastia investigada –
Fernando Sarney, filho do presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB – AP), e mais um grupo de amigos poderão ser indiciados ainda nesta semana pela Polícia Federal em São Luís. O ex-ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, o diretor-financeiro da Eletrobras, Astrogildo Quental, e o diretor de engenharia da Valec, Ulisses Assad, são colegas de faculdade de Fernando e suspeitos de desviar dinheiro público em licitações fraudulentas. As investigações iniciaram com a Operação Boi Barrica (numa alusão a um grupo folclórico apoiado por Fernando). Pode também ser indiciada por corrupção e formação de quadrilha a neta de Sarney, Ana Clara Murad Sarney.
Matéria publicada nesta quarta-feira pelo jornal “O Globo” informa que a PF e o Ministério Público Federal encontraram indicações de caixa dois nas eleições de 2006 e superfaturamento da ferrovia Norte-Sul. O empresário Fernando Sarney, engenheiro civil por formação, e responsável pela administração do grupo de comunicação da família, não foi encontrado para falar sobre a possibilidade de indiciamento. À boca pequena, comenta-se que o filho de Sarney só não foi preso preventivamente por influência do pai, que debita na conta do ministro da Justiça, Tarso Genro, pressões políticas para investigar Fernando. A partir do relatório final da PF, caberá ao MP decidir se mantém ou não as acusações contra Fernando Sarney.