Decisão sobre atos secretos deve prorrogar a crise no Senado

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Uma vergonhosa dicotomia marca o recesso parlamentar no Senado Federal. Para sair da alça de mira da opinião pública, que acredita serem os políticos meros quadrilheiros, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou, há uma semana, a imediata anulação dos 663 atos secretos, assunto que serviu para reforçar a falta de credibilidade da Casa legislativa. Mas a atitude de Sarney não passou de um mero jogo de cena, pois o corporativismo que impera na política nacional impede que alguns desses atos sejam considerados nulos. Com esse impasse, 218 funcionários, que não tiveram suas respectivas nomeações publicadas no Boletim Administrativo de Pessoal, podem permanecer em seus cargos. E, nesse trem da alegria secreto, há muitos funcionários fantasmas. Toda essa movimentação serve para que o dinheiro recebido pelos tais nomeados não sejam devolvidos aos cofres do Senado, como manda o bom Direito. Tal situação reforça a tese defendida pelo ucho.info, de que o caso está a caminho uma enorme e mal cheirosa pizza.