Muito para nada –
Uma das mais respeitadas revistas internacionais de economia, a semanal “The Economist” traz em sua última edição reportagem sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras/ANP. De acordo com a matéria, a CPI terá efeito “insignificante” na reputação da estatal petrolífera. Se por um lado a publicação enfatiza a inocuidade da Comissão, por outro destaca que o rolo compressor palaciano funcionará com eficiência, pois o governo federal é o maior acionista da empresa, de cujo conselho faz parte a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A “The Economist” destaca que a preocupação maior do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é que a CPI se transforme “em um circo político, como normalmente ocorre com as comissões do Congresso”.
Se a preocupação de Gabrielli é com espetáculos circenses com viés político, o melhor que o Palácio do Planalto pode fazer é explicar o escândalo do mensalão, o Dossiê Cuiabá, os gastos com cartões de crédito corporativos, assuntos que até hoje não foram devidamente esclarecidos.