Caminho difícil –
Pré-candidato ao governo do Mato Grosso pelo Democratas, o senador licenciado Jayme Campos tem mais uma pendenga na Justiça. Desde dezembro corre no Supremo Tribunal Federal ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal. Jayme Campos terá que explicar R$ 1,5 milhão em obras que seriam superfaturadas e realizadas pela prefeitura de Várzea Grande. Esta é mais uma ação contra o então prefeito da cidade que também está sendo investigado, desde 2008, no esquema dos sanguessugas.
Como parlamentar da Câmara Alta, Campos tem privilégios e por isso o processo corre em segredo de justiça. O inquérito aberto com a Operação Sanguessuga, da Polícia Federal, em 2006, apura a possível existência de fraude no procedimento de licitação para a aquisição de ambulâncias com recursos federais conseguidos por meio de dois convênios entre a prefeitura de Várzea Grande e o Ministério da Saúde.
Sobre a nova ação, Jayme Campos acusou o Ministério Público Federal de “irresponsável” porque não haveria motivo para a justiça se envolver. Como prefeito da época, ele teria cuidado apenas de procedimentos rotineiros. As obras teriam sido licitadas pelo antigo DNER (hoje DNIT) que delegou apenas a execução dos trabalhos à prefeitura.
Jayme Campos estaria em segundo lugar na corrida à sucessão do governador Blairo Maggi (PR), ficando atrás apenas do candidato do PSDB. o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, de acordo com a pesquisa divulgada em dezembro pelo Instituto Vox Populi. A diferença entre os dois seria de apenas um ponto percentual.
Blairo Maggi deverá ser candidato ao Senado Federal e apóia a candidatura do peemedebista Silva Barbosa ao governo. A coligação majoritária terá a participação principal do PR, do PMDB e do PT, que disputam a primazia de indicar o nome do candidato a vice-governador. Concorrem ao posto o secretário-geral do PR, Emanuel Pinheiro, os deputados estaduais Sérgio Ricardo e João Malheiros, o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, e a primeira-dama Terezinha Maggi. É pré-candidato também ao governo do Mato Grosso, o empresário Mauro Mendes (PSB).
