Zilda Arns é motivo para o galhofeiro Lula falar em solidariedade

Medo desnecessário

lula_168Lula da Silva sabe faturar com sua insana e descontrolada verborragia, especialmente porque a população tem a memória extremamente curta. Durante o velório da médica Zilda Arns Neumann, em Curitiba, o presidente-metalúrgico disse, em rápido discurso, que a morte da fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança deveria servir para que todos fossem mais solidários. Mulher de incontestável grandeza de espírito e de alma, além de exemplo a ser seguido, Dona Zilda não pode ter o nome mesclado à mitomania palaciana. Do alto do poder que exerce Lula pode dizer o que bem quiser, mas falar em solidariedade é no mínimo um abuso desmedido. Até hoje, os familiares de Celso Daniel e Toninho do PT, ex-prefeitos de Santo André e Campinas, respectivamente, continua à espera da solidariedade petista. Ambos foram assassinados por motivos políticos, mas o Palácio do Planalto insiste na tese de crimes comuns. Para que o imbróglio não perdurasse, Lula instalou a viúva de Celso Daniel em um cargo no Planalto. Já a viúva de Toninho do PT sequer foi recebida por Lula da Silva. Presidente, convenhamos, falar em solidariedade mais parece oportunismo de porta de boteco.