Nesta quarta –
Nenhum time de futebol pode desprezar qualquer título que seja. Se o objetivo for internacional, a vontade da torcida é de entrar em campo e jogar ao lado dos atletas. E, no caso da Copa Sul-Americana, que tem a primeira partida de sua decisão marcada para esta quarta-feira (1), há ainda muito mais em jogo para Goiás e Independiente.
O clube argentino desfruta de mais fama e prestígio do que o brasileiro, mas, quando a bola rolar no Serra Dourada (às 22h de Brasília), será impossível apontar uma formação para a qual um troféu no encerramento da temporada 2010 possa empolgar mais.
De um lado, logo depois de ter caído para a Série B brasileira neste ano, o Goiás luta por sua primeira grande conquista continental e a maior de sua história, que é vitoriosa no campo estadual e regional. Do outro, o Independiente tem uma sala abarrotada com troféus estrangeiros – sete Copas Libertadores e duas Copas Intercontinentais, entre outros – , mas não vence um torneio desse nível desde a Supercopa de 1995.
É o que o time esmeraldino busca na final. O rebaixamento no Brasileirão foi confirmado há dez dias, quando a equipe foi goleada pelo Santos por 4 a 1, em casa. Seu aproveitamento de pontos no campeonato, a uma rodada do fim, é de apenas 29%, valendo a penúltima colocação e um retorno à Segunda Divisão após 11 anos na elite.
Na Sul-Americana, no entanto, o que se vê é uma campanha surpreendente, deixando pelo caminho, além do Peñarol, então campeão uruguaio, três equipes com melhor classificação na competição – Grêmio (atual quarto colocado), Avaí (14º) e o Palmeiras (décimo). Nos três confrontos a equipe eliminou os rivais compatriotas com triunfos no jogo de volta como visitante.
A principal delas veio na semifinal, contra o outro alviverde. Após perder em casa por 1 a 0 e levar o primeiro gol no Pacaembu, o Goiás fez 2 a 1, para choque do público adversário, e carimbou sua classificação inédita.