Alça de mira – A onda de assaltos a destacadas joalherias e residências de ricos empresários, em São Paulo, está a um passo de ser elucidada. Para isso, além dos assaltantes que já foram presos, a polícia paulista deveria trabalhar em uma linha de investigação que culminaria com a prisão um dos mais conhecidos receptadores de relógios e joias roubadas do País.
Famoso por se relacionar social e comercialmente com poderosos e endinheirados, o investigado tem desovado suas mercadorias não apenas no Brasil, através de uma rede de lojas espalhadas em shoppings, mas também e principalmente em leilões que realiza em Miami e Nova York. O mais interessante é que as lojas do tal receptador, fincadas em elegantes shopping centers, jamais foram incomodadas pelos bandidos. Os policiais que trabalham nas investigações precisam trocar informações com a Interpol, que a qualquer momento pode prender o espertalhão nos Estados Unidos.
Antes de desovar o produto do roubo no mercado, os tubarões do esquema enviam as peças a Buenos Aires, onde um criminoso especialista adultera o número de registro dos relógios de marcas conhecidas, como Rolex, Breitling, Bulgari e Patek Phillipe, entre outras. Basta seguir a ação do bando e os telefonemas trocados entre seus integrantes para desmontar o esquema criminoso.
Além das incursões em luxuosas joalherias, localizadas principalmente na Zona Sul e Oeste da cidade de São Paulo, os marginais se especializaram em assaltar residências de empresários e executivos. Para não deixar dúvida de que a ação era encomendada e o produto do roubo tinha destino certo, um conhecido empresário do setor e alimentação revelou à reportagem do ucho.info que durante o aterrorizante assalto de que foi vítima, em dezembro de 2009, um dos criminosos tentou uma negociação. Desistiria do roubo se recebesse no momento da ação US$ 250 mil.