PMDB na parada – Se depender do PSB de Sergipe, o senador Antonio Carlos Valadares não deve aceitar o convite para ser ministro e, assim, abrir a vaga no Senado Federal para o primeiro suplente, o presidente da executiva nacional do PT, José Eduardo Dutra. A justificativa é que o senador com um extenso currículo, inclusive foi governador de Estado, não deveria ocupar uma pasta que “nem tem cadeira para sentar”. Valadares é cotado para o Ministério da Integração Nacional ou até para a Secretaria de Portos, que seria o patinho feio entre os ministérios do baixo clero.
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, foi escolhido para negociar a participação do partido na composição do ministério de Dilma “Lulita” Rousseff. Logo mais à tarde, os governadores e os eleitos em outubro passado têm encontro no Centro de Convenções Brasil 21, ocasião em que será discutia uma estratégia para garantir o assento dos pessebistas na República e contornar a crise iminente com o PT.
Daqui a pouco, o deputado federal e vice-presidente eleito, Michel Temer (SP), deverá confirmar os nomes de peemedebistas nos ministérios. O PMDB teria direito a cinco ministérios (Agricultura, Previdência Social, Turismo, Minas e Energia e Defesa). Poderá indicar também o titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos, que comandaria o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
A SAE foi criada pelo presidente-metalúrgico Lula da Silva para atender um pleito do vice-presidente José Alencar. Foi para acomodar o professor Mangabeira Unger, então no PRB, no primeiro escalão do governo. Depois, Unger filiou-se ao PMDB.
A “Agência Estado” informou há pouco que depois do imbróglio envolvendo o anúncio precipitado do secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, o futuro titular do Ministério da Saúde não deve mais ser indicado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB). Por ora, o nome mais provável para assumir a pasta continua sendo o do sanitarista Gonzalo Vecina Neto.