Mãos ao alto – Aumentar o salário mínio é um assunto que, quando acontece, se arrasta no Congresso Nacional como se fosse uma batalha. É fato que o assunto acaba se transformando em uma espécie de arma na briga entre governistas e oposição, mas tem-se a sensação de que o trabalhador é alvo de um enorme favor por parte do Executivo e Legislativo. Quando o tema é majorar os benefícios dos aposentados e pensionistas, a briga é ainda maior. Como se viu durante a votação do projeto que previa aumento para os que recebem acima de um salário mínimo. Porém, quando o objetivo é aumentar os salários dos parlamentares tudo acontece de maneira célere e sorrateira.
Faltando menos de quinze dias para o Natal e na última semana de trabalhos legislativos, deputados e senadores estarão empenhados nesta semana para aumentar seus próprios salários em 61,8%, matéria que deverá ser decidida no máximo até a próxima quarta-feira (15).
Pronto para ser votado, o projeto prevê que senadores e deputados federais, assim como a presidente eleita, passarão a receber mensalmente R$ R$ 26.723,00 brutos, mesmo valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Aprovada a matéria, Dilma Rousseff receberá mensalmente R$ 15 mil a mais que o seu inventor político-eleitoral, o presidente Luiz Inácio da Silva, que embolsa a cada trinta dias R$ 11.420,21 brutos, o menor salário entre os chefes dos três Poderes. Ou seja, um aumento de 133%. No caso dos deputados e senadores o aumento salarial será menor, aproximadamente R$ 10 mil (atualmente recebem R$ 16.512,00), mas em contrapartida embolsam quinze salários por ano. Já o vice-presidente e os ministros ligados ao Executivo ganham R$ 10.748,00.
