Infraestrutura da maior cidade brasileira deve comprometer jogos da Copa de 2014

Pelo ralo – Logo após a FIFA ter anunciado o Brasil como sede da Copa de 2014, o presidente Luiz Inácio da Silva afirmou que o País realizaria um evento simplesmente inesquecível. Os brasileiros ainda estavam de ressaca quando o secretário-geral da entidade máxima do futebol planetário, Jérôme Walcke, surgiu diante de câmeras e microfones para externar sua preocupação com a caótica situação dos aeroportos brasileiros, cujas obras de reforma e ampliação podem não ficar prontas a tempo.

Os amantes do futebol têm tentado minimizar os problemas das cidades que servirão como sede dos jogos, mas sabe-se que o País não tem condições de abrigar um evento de tamanha magnitude, especialmente porque as mazelas existentes no setor de infraestrutura são gritantes.

Eleita para ser uma das sedes da Copa de 2014, a capital dos paulistas, a mais rica e populosa cidade brasileira, é um retrato reduzido dos problemas que se espalham por nossa querida e amada Botocúndia. Na segunda-feira (13), às 19h30, a Companhia de Engenharia de tráfego registrava 149 km de congestionamento em toda a cidade. Por conta de uma forte e rápida chuva, os semáforos de dezenas de cruzamentos entraram em colapso, complicando ainda mais o já caótico trânsito. Como se não bastasse, a cidade teve mais de sessenta pontos de alagamento, muitos deles intransitáveis.

Encasteladas, as autoridades brasileiras tentam, apenas com discursos ufanistas, transformar uma barafunda conhecida na versão concreta da Pasárgada de Manuel Bandeira.