Discurso de horóscopo – A presidente Dilma Rousseff (PT) não terá problemas com a oposição. A tática adotada até agora pelos quatro partidos oposicionistas – PSDB, PPS, Democratas e PSol – deverá ser a mesma na próxima legislatura no Congresso Nacional. É o que disseram o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o governador pela terceira vez de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o líder da bancada tucana na Câmara, João Almeida (BA), e o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA).
Até mesmo o discurso da presidente agradou. Na opinião do senador Demóstenes, foi um “discurso de horóscopo” que agradou a todos, “até a imprensa”. O governador Perillo afirmou que não duvida da promessa de Dilma sobre a reforma tributária. “A presidenta Dilma é determinada”, afirmou ao ucho.info.
O novo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva, minimizou a briga por cargos entre o PT e o PMDB e afirmou que dará prioridade à elaboração de políticas públicas que ampliem a infraestrutura do setor, buscará a universalização da telefonia e da banda larga e resolverá os problemas de administração dos Correios. “Acertar o passo da empresa será um dos nossos primeiros desafios”, afirmou.
Já o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse há pouco que o fato de o governo ter maioria no Congresso facilitará a discussão de projetos de interesse do País. À “Agência Câmara”, ele afirmou que o setor precisa passar por mudanças na gestão. Padilha acredita que o Congresso Nacional é o fórum ideal para se discutir essa mudança de gestão e atender mais e com mais qualidade.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse acreditar que a maioria “mais confortável” dos aliados ao governo que o governo Dilma obteve no Congresso permitirá discutir logo de imediato as reformas essenciais, sendo a primeira delas a tributária. Na opinião dele, haverá mais debates entre Congresso e Executivo sobre as propostas, sem o envio de textos fechados pelo governo.