Ejetado dos Correios, PMDB acompanhará de longe o projeto petista de privatização da estatal

Correios em alerta – A briga por cargos no segundo escalão do governo Dilma Rousseff, que contrapõe o PT e o PMDB, tem detalhes que preocupam muito além do que imaginam alguns incautos. Desde que chegou à Casa Civil, no governo do companheiro Luiz Inácio da Silva, a presidente Dilma tentou colocar em marcha um projeto de privatização dos Correios, estatal que em passado não tão distante foi orgulho dos brasileiros, não sem antes ser sinônimo de eficiência.

Desde que o projeto de privatização dos Correios aterrissou na escrivaninha da então ministra-chefe da Casa Civil, o ucho.info tem denunciado as sistemáticas tentativas de corroer o desempenho da empresa, o que facilitaria a entrega para a iniciativa privada. Transformada em cabide político nas últimas décadas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos reúne profissionais de carreira especializados em administração, o que, longe da politicagem, faria da estatal uma das melhor do planeta no setor. Acontece que os interesses político-partidários têm atropelado tal possibilidade, abrindo caminho para escândalos dos mais variados, como foi o que deflagrou a criação e instalação da CPMI dos Correios.

Comandada nos últimos anos por apaniguados de políticos que trocam apoio por cargos na máquina federal, a EBCT saiu do controle do PMDB e foi parar nas mãos do PT, que tem em Paulo Bernardo da Silva, agora ministro das Comunicações, a ponta de lança para retomar o projeto de privatização da empresa. Tanto é assim, que Paulo Bernardo não só indicou o novo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro (ex-presidente da Petros), como integra o conselho da estatal postal.

No rastro da especulação de que em breve haverá mudança no regimento empresa, garantindo a Paulo Bernardo a possibilidade de acumular o comando do Ministério das Comunicações com a presidência do Conselho de Administração dos Correios, está o projeto que dormitou na mesa de trabalho da então ministra Dilma Rousseff e que agora está sobre a principal escrivaninha palaciana.