Belas Artes – No retorno dos seus comentários no microblog que mantém na rede mundial de computadores, o ex-candidato à Presidência da República, José Serra, resolveu criticar indiretamente o cinema brasileiro. Na sua última postagem no Twitter, há poucos instantes, Serra afirmou que o melhor cinema é o norte-americano e fora da indústria yankee, “o melhor cinema hoje é feito em Israel, na Argentina e na Espanha”.
O ex-governador de São Paulo viajou por dez dias pelo exterior no final do ano passado, mas ficou sem as malas porque a companhia Air France teria extraviado a bagagem. Nesse período, assistiu a alguns filmes. “Vi lá fora ´Os Olhos de Júlia´(espanhol) e ´O diretor de recursos Humanos´(israelense)”, explica.
José Serra deveria comentar também sobre o cinema brasileiro que alcançou a sua melhor marca nas duas últimas décadas, com os filmes mais assistidos “Tropa de Elite 2”, “Nosso Lar” e “Chico Xavier”. Em 2008, o primeiro “Tropa de Elite” levou o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim (Alemanha).
Vale lembrar também que desde janeiro está em vigor uma nova chamada cota de tela, que obriga as salas de cinema a exibirem mais filmes nacionais. O decreto presidencial anterior obrigava a exibição de produções brasileiras no mínimo 28 dias por ano. A partir de agora, dentro desse período, as salas serão obrigadas a ofertar um maior número de filmes brasileiros.
O número de salas de cinema no Brasil tem crescido nos últimos dez anos por conta, especialmente, do surgimento de novos shopping centers, mas a péssima notícia é o fechamento do Belas Artes, um dos mais tradicionais cinemas de São Paulo.
O cinema existe desde 1943 e promovia o famoso “Noitão Belas Artes”, que reunia um público grandioso para sessões a preço popular nas madrugadas. Como cinéfilo, José Serra deveria se aliar aos apelas populares ou pelo menos conversar com o proprietário do imóvel, Flávio Maluf, que transformará o local em uma loja futuramente.