Aposentados apelam por reajuste de 10% até para Nossa Senhora Aparecida

Manifestações – Aposentados e pensionistas da Previdência Social voltam às ruas neste mês de janeiro para garantir um reajuste de 10% dos benefícios. Até fevereiro, quando serão reiniciados os trabalhos no Congresso Nacional, pelo menos três manifestações estão previstas. A primeira delas acontece no dia 24 de janeiro, Dia Nacional dos Aposentados. Protestos estão previstos em vários estados.

Na Bahia, a presidente da Federação dos Aposentados, Marise Sansão, afirma que “nosso objetivo é intensificar ações para dar não só visibilidade” a entidade e associações, mas “principalmente cumprir nosso papel social e político”.

O principal movimento deverá acontecer no dia 30 de janeiro, ainda como atividades alusivas ao dia da categoria. Na cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, vão pedir e “implorar”, segundo a Confederação Brasileira dos Aposentados, “novas graças à Padroeira Nossa Senhora Aparecida”. São esperados mais de 15 mil devotos. Caravanas mais numerosas partirão de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O presidente da Federação de São Paulo, Antonio Alves, vai ler a “Carta de Aparecida”. Nela, a Cobap narra “o calvário dos aposentados que sofrem com baixos salários e falta de respeito por parte da sociedade”.

Depois da ida à cidade de Aparecida e do apelo à santa padroeira, a categoria vai a Brasília acompanhar de perto as negociações que podem mudar o valor do salário mínimo de R$ 540, previsto no Orçamento Geral da União de 2011. Os aposentados contam com o apoio das centrais sindicais e do descontentamento de boa parte do governo. À imprensa, o presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, João Batista Inocentini, acredita que o governo vai abrir negociação.

Os aposentados querem reajuste de 10% para beneficiários do INSS com vencimentos acima do salário mínimo. Com a proposta, o teto previdenciário saltará dos R$ 3.467,40 atuais para R$ 3.814,14. O governo acenou com 6,47%, que resultariam no teto de R$ 3.689,66. O ganho está na proposta defendida pelas centrais, formulada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).