São três – O governo da neopetista Dilma “Lulita” Rousseff deverá empregar mais um “mensaleiro” denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Depois de Antônio Palocci Filho, na Casa Civil, e de José Genoíno, no Ministério da Defesa, deverá ser confirmado nos próximos dias o deputado federal Paulo Rocha (PT-PA) como sub-chefe de Assuntos Parlamentares no Ministério de Relações Institucionais.
Quem também não ficará sem emprego é o deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT). O parlamentar, que termina seu mandato no final deste mês, poderá ser guindado a função subalterna no Ministério de Relações Institucionais (talvez na vaga pleiteada por Paulo Rocha) ou para o Ministério da Educação. Abicalil foi membro da Comissão da Educação da Câmara e teria intimidade com a área pedagógica.
Embora não esteja arrolado como réu no caso do “mensalão do PT”, contra Abicalil pairam denúncias, inclusive algumas relatadas pela senadora Serys Slhessalenko (PT-MT) no período que antecedeu a campanha eleitoral do ano passado.
Na briga pelo direito de concorrer ao Senado Federal, batalha vencida por Abicalil, que acabou tropeçou na eleição, Serys Slhessarenko afirmou em maço de 2010 que o PT do Mato Grosso não pertence aos “aloprados” – grupo interno do partido que atuou em negócios ilegais. É que o assessor mais próximo do deputado teve relações íntimas com o Dossiê Cuiabá, esquema fraudulento e criminoso criado para atingir candidatos tucanos nas eleições de 2006.
O processo dos “aloprados” do PT tramita em Mato Grosso. Entre os envolvidos estão Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (SP), o irrevogável, flagrado com uma bolsa entrando no Hotel Ibis, onde estavam hospedados Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos em 2006 com mais de R$ 1,7 milhão – dinheiro que, segundo a Polícia Federal, seria usado para pagar um conjunto de documentos apócrifos contra políticos tucanos. De acordo com a PF, ele carregava na bolsa o dinheiro que seria usado para a compra dos documentos de Luiz Antonio Verdoin, dono da Planam, beneficiada com a venda irregular de ambulâncias descoberta na Operação Sanguessuga.