Caso dos passaportes diplomáticos mostra que Dilma é o Raúl Castro do abusado Lula

Medo palaciano – “Nunca antes na história deste país” um governante deixou o poder e continuou mandado a ponto de causar constrangimentos monumentais ao sucessor. Apresentada ao eleitorado brasileiro como sendo a versão de saias de Luiz Inácio da Silva, a neopetista Dilma Vana Rousseff, a nossa “Lulita”, está mostrando ao mundo que a pecha que lhe impôs seu mentor é absolutamente verdadeira.

Emoldura pelo folclore de ser uma mulher dura no trato e de decisões firmes, Dilma está estranhamente calada diante dos desmandos do ex-presidente Lula, que, além de se hospedar ilegalmente em base militar do Exército, agora se vê às voltas com o escândalo dos passaportes diplomáticos concedidos pelo Itamaraty a dois de seus filhos (Luís Cláudio e Marcos Cláudio) e a um neto.

Ex-ministro das Relações Exteriores, o incompetente Celso Amorim concedeu passaportes diplomáticos a parentes do ex-presidente Lula com base no decreto 5.978 de dezembro de 2006, que em seu artigo 3º confere ao ministro da pasta o poder de autorizar a concessão do documento “em função de interesse do país”. Escorraçado da direção da Embrafilme pelos militares da ditadura por sua notória incompetência, Amorim deve explicar à opinião pública o que de tão excepcional os filhos de Lula da Silva podem proporcionar ao Brasil.

Conhecido por seu estratosférico apego ao poder, Lula continuará desrespeitando as leis do país como se ainda estivesse oficialmente no poder, fazendo do Brasil um vasto picadeiro frequentado diuturnamente por mais de 190 milhões de brasileiros tomados pela letargia contemplativa.

Enquanto o ex-presidente zomba dos indignados, o imbróglio dos passaportes diplomáticos mereceu comentários esdrúxulos do aspone petista Marco Aurélio “Top Top” Garcia, o mesmo que comemorou com gestos obscenos o laudo encomendado sobre o acidente com o Airbus da TAM, no aeroporto de Congonhas. “Existe uma coisa no Brasil que são as leis escritas. Se isso está de acordo com as leis, eu não vejo nenhum problema. Eu imagino que possa desagradar muito àqueles três ou quatro por cento que consideram o governo Lula ruim ou péssimo, mas, para mim, é um tema inteiramente irrelevante. Eu acho que o país tem coisas bem mais relevantes com as quais se preocupar”, disse Garcia.

Trotskista de primeira hora, o arrogante Marco Aurélio Garcia pode vociferar as besteiras que bem entender, mas o caso dos passaportes diplomáticos é um atentado ao conjunto de leis do País. O que o boquirroto Marco Aurélio diz não merece crédito algum, pois a diplomacia brasileira enfrentou vexames memoráveis nos últimos oito anos por conta da sua atuação desastrada, que contou com a obsolescência do raciocínio de Celso Amorim.

O escândalo em questão é tamanho, que o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante Júnior, criticou a postura do ex-presidente diante da embaraçosa situação. “O governante não pode ceder às tentações do cargo. Enquanto ele estiver no cargo deve ter as regalias necessárias para o exercício do cargo. A partir do momento em que deixa o cargo, ele passa a ser um cidadão comum, igual a todos”, declarou Ophir Cavalcante.

O presidente da OAB sugeriu aos filhos do ex-presidente a imediata devolução dos documentos, sob pena de enfrentarem uma ação na Justiça. “Caso isso não ocorra [a devolução dos passaportes], é hipótese de apuração pelo Ministério Público Federal, em função do ato de ilegalidade administrativa, que quebra a isonomia entre os brasileiros”, declarou o líder nacional dos advogados.

Se Dilma Rousseff não tem coragem suficiente para interromper os desmandos de seu antecessor, a renúncia imediata é o melhor caminho, pois comandar um país como o Brasil é tarefa para pessoas extremamente competentes e preparadas. Ademais, passar para a História como o Raúl Castro – irmão e fantoche do sanguinário ditador Fidel Castro – de Luiz Inácio da Silva é algo no mínimo nauseante e vergonhoso.