Dilma e Sérgio Cabral concedem entrevista evasiva sobre tragédia na Região Serrana do Rio

Drible oficial – Após visita às cidades serranas do Rio de Janeiro que foram destruídas pela força da água da chuva, a presidente Dilma Rousseff e o fanfarrão Sérgio Cabral Filho (PMDB), rumaram para a Cidade Maravilhosa, onde concederam entrevista coletiva que recheada de desculpas técnicas e embromações discursivas.

Aos atentos jornalistas, Dilma disse que moradia em área de risco no Brasil é regra, não exceção. “Quando não se tem políticas de habitação, a pessoa que ganha até dois salários mínimos vai morar onde? Vai morar onde não pode”, declarou a presidente. Perguntada sobre a absurda diferença entre os investimentos feitos pelo governo Lula, em 2010, na prevenção e na recuperação dos desastres, Dilma disse que é necessário articular políticas. “Geralmente, olham pra questão da Defesa Civil e acham que são problemas pontuais. Mas a prevenção não é uma questão de Defesa Civil apenas, ela é uma questão de saneamento, drenagem e política habitacional.”

A bordo de uma fala que como sempre deve ficar na seara da promessa, a presidente destacou que as autoridades devem se preocupar com a prevenção contra novas tragédias. “Estamos aqui para garantir que o momento da reconstrução será também o momento da prevenção”, disse Dilma Rousseff.

Já o governador Sérgio Cabral, conhecido por seu palavrório irresponsável, tentou mais uma vez imputar a culpa a terceiros, neste caso os prefeitos das cidades atingidas. “Lamentavelmente, o que nós tivemos em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, da década de 1980 pra cá, foi um problema muito semelhante com o que ocorreu na cidade do Rio, que é a desgraça do populismo. Deixar a ocupação pelos mais pobres das áreas de risco”, declarou o governador do Rio. Sempre insano em seus discursos, Cabral disse que apesar de alguns mortos estarem em casas de luxo, a maioria é de “pessoas humildes”. Ao tentar explicar o inexplicável, Sérgio Cabral mostrou que é incapaz de lidar com situações de desastre, pois diante de uma tragédia a condição social ou financeira daquele que foi dragado pela irresponsabilidade dos governantes é o que menos importa.

A presidente Dilma Rousseff, a reboque de nova promessa, deu ênfase ao dizer “no meu governo, não acharei que é um problema do governo estadual. Nossa missão também é diminuir os problemas causados pela chuva. Se chover muito vai deslizar, mas não vai morrer gente. Vamos articular todos os programas que podem tratar isso”.

As palavras de Dilma ratificam matéria publicada pelo ucho.info antes do início da entrevista coletiva, em que afirmamos que o cenário de destruição mostrou à presidente que Lula da Silva é um embusteiro profissional e que o programa “Minha Casa, Minha Vida” é um fiasco colossal. (Foto: Roberto Stuckert – Presidência)