A exemplo de Lula, a companheira Dilma insiste em manter o Brasil sob uma avalanche de farsas

Óleo de peroba – Em 28 outubro de 2006, quando o Boeing da Gol despencou sobre a Serra do Cachimbo, no Pará, matando as 154 pessoas que estavam a bordo, o irresponsável Luiz Inácio da Silva agiu rapidamente nos bastidores para que a tragédia não afetasse a sua campanha pela reeleição, cujo primeiro turno daquela corrida presidencial aconteceu horas depois do impressionante acidente aéreo.

Ciente de que a tragédia aconteceu a partir do sempre assoberbado e esquecido controle aéreo, setor que durante anos ficou sem qualquer investimento de peso, Lula tratou de arrumar uma desculpa convincente. Instruído por assessores palacianos, o então presidente disseminou a tese de que um jato Legacy, à época comprado por uma companhia aérea norte-americana, chocou-se com o Boeing da Gol, provocando um dos maiores desastres da história da aviação comercial brasileira. Quem conhece minimamente sobre aviação sabe que a tese espraiada pelo Palácio do Planalto não encontra respaldo técnico em nenhuma tese aeronáutica. Até porque, fosse verdade o que afirmou a assessoria presidencial, o Legacy e seus ocupantes estariam sendo procurados até hoje.

Meses depois, em 17 de julho de 2007, o trágico acidente com o Airbus da TAM, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, obrigou o staff palaciano a entrar novamente em ação para tirar o presidente Lula do alvo da responsabilidade. Enquanto ameaças eram feitas aos envolvidos no episódio, o Palácio do Planalto tratou de arrumar uma desculpa esfarrapada, que os especialistas em aviação sabem ser uma inverdade. Com a pista do aeroporto Congonhas ainda inacabada após reforma realizada na ocasião, o avião da TAM acabou se espatifando no terminal de cargas da própria companhia, provocando a morte de 199 pessoas. E o Planalto se apressou em colocar a culpa nos piloto e no co-piloto, pois até onde se sabe morto não reclama. No decorrer da armação, o chanceler genérico de Lula, o boquirroto Marco Aurélio Garcia protagonizou uma cena que até hoje lhe rende o apelido de “Top-Top”.

Na quinta-feira (13), a presidente Dilma Vana Rousseff só desembarcou no Rio de Janeiro porque o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), envolvido pela covardia que lhe é peculiar, insistiu para que a neopetista com ele dividisse a artilharia da opinião pública, no rastro da onda de destruição que quase dizimou as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e outras mais. Antes de seguir para a Região Serrana do Rio, onde sobrevoaram as cidades atingidas pela força da chuva, Dilma e Cabral Filho encontraram tempo para, no bairro de Laranjeiras, posarem para fotos no momento em que a presidente recebia uma camisa oficial do Fluminense.

A pífia cena foi emoldurada pelos sorrisos de Dilma e Cabral, que instantes depois aterrissaram em Nova Friburgo, na região serrana fluminense, onde, longe da galhofa protagonizada no campo do Fluminense, conseguiram fazer o papel de consternados a um passo do choro compulsivo. Dilma Rousseff sabe que o governo de Luiz Inácio da Silva foi um fiasco em termos de atendimento aos mais necessitados e que Cabral Filho é um fanfarrão contumaz. O único projeto federal que, mesmo utópico, acabou de certa forma funcionando foi o “Bolsa Família”, que manteve obediente durante longos anos um curral de milhões de eleitores incautos.