PT no Senado enfrenta briga interna e o desafio por mais cargos no governo

Diferenças com o PSB – Para quem imagina que o apetite do PMDB beira a um fisiologismo deslavado, não prestou atenção à fome do Partido dos Trabalhadores. Nesta semana, petistas de alta patente e os governadores da Bahia, Jaques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda, devem discutir outra vez o mapeamento de todos os cargos federais de primeiro e segundo escalões existentes no Nordeste.

A lista prévia já foi elaborada, mas os interesses são maiores sobre empresas e autarquias como a Codevesf, Banco do Nordeste, DNOCs e Chesf. Os cargos dessas instituições são também visados pelo PSB, do governador Eduardo Campos, de Pernambuco.

O futuro líder da bancada do PT no Senado, Humberto Costa, também de Pernambuco e aliado do governador à época da eleição de outubro, acredita que poderá haver consenso. E que o Nordeste mereceria mais atenção do governo na distribuição de cargos. “Mas nós achamos que agora, na formação do segundo escalão, isso pode ser compensado”.

Sobre a briga entre os petistas pela vice-presidência do Senado Federal, o novo líder da bancada não tem tanta certeza. O cargo está sendo disputado por um nordestino, o deputado eleito senador José Pimentel, do Ceará, e pela ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra de Turismo, Marta Suplicy. A única certeza é esta: “Queremos resolver de uma maneira satisfatória o problema da nossa participação na Mesa”.

Na entrevista que concedeu ao jornalista Evam Sena, o senador diplomado afirmou que o primeiro desafio é garantir a sustentação do governo no Senado, encabeçado pelo PT. “Para isso, nós estamos procurando o PDT, PCdoB, PSB, para que a gente possa construir esse bloco, juntamente com o PR e o PRB”.