Manipulação dos dados sobre empregos tirou o Palácio do Planalto do furacão da tragédia do Rio

Enxerto vermelho – Durante a era Lula da Silva, todo e qualquer escândalo do governo mais corrupto da história brasileira era abafado sempre com a mesma receita. Petróleo. Quando um assunto ganhava mais espaço na mídia do que esperavam os palacianos, entrava em cena a Petrobras com o anúncio da descoberta de novas jazidas petrolíferas na zona do pré-sal. E como a imprensa tupiniquim recebe da estatal petrolífera verbas publicitárias polpudas, a transgressão cometida pelos “aloprados” do ex-presidente caía no devido esquecimento.

Agora, no governo Dilma Rousseff, com a tragédia da região serrana do Rio perdurando na mídia e a culpa do governo federal cada vez mais evidente, a assessoria presidencial tratou de divulgar os novos números sobre a geração de empregos, que para ficar ainda mais reluzente foi alvo de um truque do Ministério do Trabalho. De acordo com o pedetista Carlos Lupi, responsável pela pasta e um dos remanescentes do governo Lula, em 2010 foram gerados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada, recorde desde o inicio da série em 1992.

Na realidade, no ano passado foram gerados 2,13 milhões de empregos, mas para minimizar a artilharia advinda da maior tragédia natura do País o Ministério do Trabalho antecipou os empregos declarados fora do prazo, atualização que normalmente acontece seis meses depois.

Toda essa manobra mostra que mudou a marionete, mas o modus operandi de enganar a opinião pública continua exatamente o mesmo.