Na penumbra – Sexta cidade mais populosa do planeta, São Paulo continua refém daquele malfadado jeitinho brasileiro que compromete a vida de qualquer pessoa bem intencionada. Enquanto o ministro Édison Lobão, de Minas e Energia, prefere enganar a opinião pública com o discurso maroto de que o sistema elétrico nacional é o melhor do mundo, a capital paulista se vê nas mãos da Eletropaulo, concessionária pela distribuição de energia elétrica na mais importante cidade brasileira.
Às 12h30 desta terça-feira, problemas técnicos em um transformador obrigaram a concessionária a interromper o fornecimento de energia em uma importante via dos Jardins, na Zona Sul paulistana, onde está localizada a redação do ucho.info. Por conta dos transtornos, que o serviço de atendimento ao consumidor da Eletropaulo não soube explicar e nem mesmo dar uma previsão de tempo para o reparo, a nossa redação foi transferida para outro local, como forma de garantir aos nossos leitores as melhores informações sobre o cotidiano político dessa barafunda chamada Brasil.
No caminho até o local onde está acampada a redação do ucho.info, nos deparamos com inúmeros semáforos inoperantes por falta de energia elétrica. No espaço de onde ora publicamos as matérias, o fornecimento de energia foi interrompido por duas vezes. O nosso trabalho só não foi interrompido novamente porque quem nos acolheu dispõe de um gerador de energia elétrica.
Mesmo com essas ocorrências típicas de países subdesenvolvidos, há quem ainda acredita que o Brasil tem plenas condições de sediar eventos esportivos da magnitude da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Ora, se a Eletropaulo não consegue substituir um transformador no prazo de cinco horas e a prefeitura do Rio não soube evitar o incêndio que quase destruiu a Cidade do Samba, falar em Copa do Mundo e Olimpíada é no mínimo um distúrbio irreversível do pensamento.
Sempre lembrando que, a bordo do messianismo que emprestou de Lula, a agora presidente Dilma Rousseff garantiu em tempos pretéritos que o País não mais sofreria como apagões, ou, como quer a atual dona do poder, blecaute. Resumindo, o Brasil insiste em ser uma piada de péssimo gosto.
