Divisão da base – O governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda, preferiu a prudência ao falar sobre o anúncio dos cortes no orçamento do governo federal. “Devemos aguardar para ter a medida certa da questão”. Déda, que veio a Brasília participar da festa dos 31 anos do seu partido, está preocupado com os cortes no orçamento de projetos voltados para o Nordeste, especialmente nas contas da Codevasf.
Enquanto os petistas preferem o silêncio, partidos da base aliada analisam a questão com muita preocupação. Mesmo com a ordem para cortar gastos (que não seria de R$ 50 bilhões, mas de R$ 32 bilhões segundo alguns especialistas do mercado), o Partido Verde acha que o governo pode bancar um salário mínimo de R$ 560.
A matéria que deve ser votada na próxima semana, talvez na quarta-feira (16), segundo cálculos do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza, o líder do PV anunciou que a bancada fechou questão em torno do valor. O governo e a presidenta Dilma Rousseff já bateram o martelo em R$ 545.
Na tarde desta quinta-feira (10), o deputado Sarney Filho (PV-MA) disse que o seu partido, “dentro de uma linha de responsabilidade, vota na proposta das centrais sindicais, porque ela não quebra a regra, é apenas uma antecipação”.
Interessante é que na reunião do PV, que tomou a decisão pelo mínimo de R$ 560, também participou o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Ao lado dele estiveram o secretário Executivo do Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa, e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. Os representantes do governo defenderam o mínimo de R$ 545 e, segundo Nelson Barbosa, um valor superior quebraria a regra.