Soluções no tabuleiro – A intenção era aproveitar o amistoso contra a França para encontrar novas opções para o meio de campo da seleção brasileira. No entanto, com a expulsão de Hernanes no primeiro tempo, Mano Menezes teve de abortar o plano em detrimento de uma melhor organização tática da equipe e acabou deixando o amistoso com uma avaliação não tão clara sobre o setor.
“Hoje teríamos saído com a ideia de crescimento se tivéssemos jogado os 90 minutos dentro da normalidade. Mas o segundo tempo foi muito prejudicial para qualquer análise”, resumiu o treinador ao “Fifa.com”, que já havia citado na véspera a ausência de Paulo Henrique Ganso como um dos motivos para os testes logo depois do amistoso contra os Estados Unidos, quando o meia do Santos teve boa atuação.
Sem ele, Mano teve de se desdobrar para encontrar soluções para os jogos contra Irã, Ucrânia e Argentina. Foram chamados para o setor sete nomes: Carlos Eduardo, Giuliano, Philippe Coutinho, Douglas, Ronaldinho Gaúcho, Douglas Costa e Fernandinho. Antes, Ederson e o próprio Hernanes já haviam feito parte da lista contra os Estados Unidos, assim como Renato Augusto e Jadson estiveram presentes contra a França. Com algumas exceções, muitos tiveram um rendimento abaixo do esperado na posição.
Contra a França, além de perder Hernanes cedo, o treinador não pôde ver com clareza o desempenho do outro encarregado de fazer a bola chegar ao ataque. Pouco entrosado e atuando bem aberto, Renato Augusto foi pouco efetivo na função e acabou sendo substituído na segunda etapa, como Mano explicou.
“A armação estava por conta do Hernanes e do Renato Augusto, que ficou mais pelas beirada. Mas, em um certo momento, quem passou a comandar mais a criação foi o Elias, já que estávamos recuperando bem a bola. Ele chegou bem em algumas ocasiões”, destacou o treinador em relação ao meia do Atlético de Madrid, usado inicialmente como segundo volante contra a França.
Por outro lado, se não contou com os titulares em bom dia, ele ao menos comemorou o bom desempenho do baixinho Jadson. “Ele entrou bem mesmo com a inferioridade. Fez dois passes para o André Santos e depois para o Hulk”, explicou Mano. “Estamos trabalhando para encontrar mais jogadores com essa característica de armação. Gostei da personalidade e da entrega dos jogadores que ficaram e que entraram. Aos poucos vamos ganhando opções.”
