Plenário do Senado quase vazio, no meio da tarde, exige mudança na forma de se fazer política

Vida mansa – Na edição de quinta-feira (10), o ucho.info publicou matéria sobre a necessidade de uma mudança urgente na forma de se fazer política, muito antes da anunciada reforma política, que já encontra os viciados e costumeiros ecos do início de legislatura. Essa preocupação resulta de uma realidade clara, mas que muitos custam a compreender. A reforma política será patrocinada por pessoas acostumadas com benesses aos bolhões e que jamais tomarão uma atitude drástica para mudar o próprio status quo.

Entre os tantos argumentos elencados na matéria, destacamos o fato de deputados e senadores não permitirem que a Câmara e o Senado alcancem em plenário, com certe constância, o quorum máximo. O que significa ter no plenário do Senado 81 senadores e no da Câmara, 513 deputados. Para não afirmar que isso é impossível, o Senado conseguiu reunir os 81 representantes do País em um só momento na legislatura que acaba de estrear. Na cerimônia de posse dos novos senadores, eleitos em outubro passado. Horas depois do evento, no mesmo 1º de fevereiro, o plenário da Câmara Alta registrou a presença de apenas 73 senadores.

Para provar a presença de políticos em Brasília é, por conta de alguns, um mal finalizado conto da Carochinha, às 15h25 de quinta-feira (10), como noticiou o jornalista Ricardo Setti na coluna que assina na “Veja”, o plenário do Senado estava praticamente vazio. Dos 81 senadores, apenas sete estavam presentes. Na Mesa Diretora, comandando uma sessão quase fantasma, estavam os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RO). Na tribuna, falando às paredes, o amazonense João Pedro (PT). No plenário, outros quatro parlamentares que garantiram a presença em plenário de menos de 10% do total de senadores.