Brasileiro financia estrutura partidária do PT com a cobrança dos dízimos de servidores

Crescimento de 700% – O contribuinte brasileiro financia indiretamente o aparelho partidário do PT. O processo acontece com as contribuições obrigatórias dos servidores comissionados filiados ao partido. Parte do salário dos petistas em funções comissionadas pagos pelos governos vai para o caixa do Partido dos Trabalhadores.

O contribuinte também financia a agremiação através dos salários dos parlamentares federais, estaduais e municipais, obrigados a repassar de 2% a 20% do que recebem. No caso do deputado federal, o valor pode ultrapassar R$ 2,6 mil.

Como disse o deputado Emiliano José (BA) no plenário da Câmara em discurso que lembrou os 31 anos do PT, “começamos a partir dos anos 80 como um partido de esquerda, socialista e democrático”. A partir de 2002, o partido também socializou sua renda e seus gastos com os brasileiros.

Somente no primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff, o PT espera arrecadar R$ 3,6 milhões só com as contribuições. Segundo a repórter Marta Salomon, do jornal “O Estado de S. Paulo”, o valor é pouco superior ao que foi amealhado no último ano de mandato do ex-presidente Lula da Silva. Mas o dinheiro mostra que a arrecadação cresceu mais de 700% em relação ao valor arrecadado em 2001, antes da chegada do PT ao Palácio do Planalto.

A reportagem lembra que a cobrança do dízimo vem sendo contestada pelo Tribunal Superior Eleitoral desde 2005. Naquele ano, foi proibido o desconto na folha de pagamento.

A deputada Érika Kokai (DF) tem razão quando, na última semana, disse na tribuna da Câmara Legislativa que “nestes 31 anos do PT, gostaria de agradecer à generosidade da população brasileira de permitir que um operário, e posteriormente uma mulher, chegasse à Presidência deste País”.