Aprovação do novo salário mínimo traz na bagagem os instrumentos para a instalação de uma ditadura

Muita atenção – Nos últimos dias, desde a aprovação pela Câmara dos Deputados do novo valor do salário mínimo, o Brasil mergulhou em um oceano de discussões acerca do ridículo aumento concedido pelo Palácio do Planalto aos trabalhadores do País. As centrais sindicais, cumprindo seus respectivos papéis, tentaram reverter a situação imposta pelo Palácio do Planalto, mas acabou jogando a toalha diante do rolo compressor acionado por Dilma Rousseff.

Na tarde desta quarta-feira (23), o governo da neopetista Dilma deve conseguir uma nova vitória ao aprovar no Senado o projeto do Executivo que fixa em R$ 545 o valor do salário mínimo e que será retroativo a 1º de fevereiro. Na opinião dos jornalistas do ucho.info, o projeto palaciano em questão deve arrebatar entre 55 e 60 votos. Considerando que a Câmara Alta abriga 81 senadores, a taxa de sucesso da presidente Dilma nesse caso específico pode chegar a 72%. Mesmo flanando na certeza de que o texto será aprovado sem modificações, a base de apoio terá de aceitar a discussão e votação das propostas do PSDB e do Democratas, que sugerem que o salário mínimo seja majorado para R$ 600 e 560, respectivamente.

Remunerar adequadamente o trabalhador é um dos capítulos da liberdade social, mas há nesse episódio um detalhe preocupante e que não tem merecido a devida atenção dos brasileiros. Na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff conseguiu 361 votos favoráveis ao projeto do mínimo. Considerando que 55 obedientes senadores ou mais devem votar a favor do projeto do Executivo, a equipe palaciana conquistou em poucas semanas a possibilidade de emplacar em futuro não tão distante uma perigosa reforma da Constituição, o que levaria o Brasil a um regime totalitarista disfarçado de democracia, como acontece na vizinha Venezuela.

Tal situação é absolutamente factível, pois na Câmara dos Deputados e no Senado Federal Dilma já deu mostras que conta com mais de dois terços dos votos, quorum mínimo necessário para se alterar o texto constitucional. A garantia para que o estado de genuflexão dos parlamentares seja mantido por longo tempo está na dificuldade com que o Palácio do Planalto tem mostrado no momento de distribuir cargos aos partidos aliados.

Enquanto alguns incautos classificam esse detalhe como intransigência de uma governante técnica, nesse caso Dilma Rousseff, a assessoria presidencial transforma a máquina pública m moeda de troca para a instalação de uma ditadura civil no País, onde apenas os companheiros darão as ordens, seguidos por uma claque plateia formada por sempre dispostos aduladores e apaniguados.

Quando fala que é a favor de que o Estado conviva pacificamente com as críticas da imprensa, Dilma Rousseff anestesia a opinião pública e ganha tempo para a execução de um plano que atenta contra o Estado Democrático de Direito. Ou os brasileiros reagem prontamente, ou a saída será o aeroporto mais próximo. E bye, bye Brasil!