Ministra da Cultura, Ana de Hollanda canta a valsa do adeus para o trotskista Emir Sader

Navalha na mão – Estafeta de plantão para os assuntos trotskistas do Palácio do Planalto, Emir Sader, que nos últimos dias caiu em desgraça ao chamar de “meio autista” a ministra Ana de Hollanda, da Cultura, não mais assumirá a presidência da Fundação Casa de Rui Barbosa, que o sociólogo petista queria transformar em centro de discussões das conquistas da era do messiânico Luiz Inácio da Silva.

Como todo e qualquer esquerdista radical, Emir Sader é um utópico sem limites, pois discutir os feitos de Lula é colocar na vitrine da lógica a herança maldita deixada para a neopetista Dilma Vana Rousseff, que está às voltas para domar a inflação e conter os excessos fiscais de um governante que passou oito anos turbinado pela pirotecnia oficial. Se Sader de fato deseja discutir algo concreto sobre a era Lula, que coloque na roda de fogo da opinião pública o escândalo do mensalão, o caso do malfadado Dossiê Cuiabá, as despesas com os cartões corporativos, o relógio Cartier comprado com cartão de crédito da Presidência, a depredação da Câmara dos Deputados pelo MLST de Bruno Maranhão, os apagões aéreo e elétrico, o caso da violação do sigilo bancário do caseiro Nildo, o escândalo dos passaportes diplomáticos, entre tantos outros episódios nefastos marcados por corrupção e desmando.

Ao concordar com a discussão aqui sugerida, o radical Emir Sader deve abandonar o discurso fácil e matreiro de “que o fim justifica os meios”. O desejo abortado do sociólogo é a prova maior que o Brasil caminha na direção de uma ditadura civil, que diante da letargia da parte pensante da sociedade brasileira pode se tornar irreversível.

Enquanto Emir Sader inclui em seu currículo rouge a demissão de um cargo que sequer assumiu, a ministra Ana de Hollanda, que na manhã desta quarta-feira sacou a faca da bota para a degola do sociólogo, continua devendo explicações sobre a sua obediência sinistra ao Ecad.

No rastro da polêmica que marca a discussão sobre o “Creative Commons”, em que o autor permite gratuitamente o acesso à sua criação e a uma cópia, sem que para tal haja a necessidade de qualquer pagamento de royalties, o comando da Diretoria de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura está a um passo de ser entregue para a advogada carioca Marcia Regina Vicente Barbosa, muito ligada ao também advogado Hildebrando Pontes, um defensor radical das teses e dos interesses do Ecad. Coincidência ou não, Márcia Regina foi secretária executiva do Conselho Nacional de Direito Autoral, quando Hildebrando Pontes foi presidente.

Fato é que, deixando de lado a sandice conhecida de Emir Sader, o País precisa reconhecer que se o Ministério da Cultura não avançou durante a gestão do então ministro Gilberto Gil, pelo menos a pasta não regrediu. Sem contar que se Gilberto Gil não foi tão bom ministro quanto é como cantor e compositor, Ana de Hollanda é um fiasco nas duas situações.

E não será surpresa alguma se em breve a presidente Dilma Rousseff faça uma assepsia no Ministério da Cultura, começando pela ministra.