Comando da Rotam da PM de Goiás é substituído após ameaças a jornal

Policiais-pistoleiros – Estão suspensas as atividades do batalhão da Polícia Militar de Rondas Ostensivas Tático Metropolitanas, a Rotam, de Goiás. Também foi trocado o comando da corporação após a divulgação de escutas telefônicas pelo jornal “O Popular”, em que policiais diziam ter “prazer em matar”.

As escutas telefônicas foram feitas por ordem judicial durante as investigações que apurava a atuação de grupos de extermínio integrado por policiais militares. Parte dos policiais-pistoleiros foi preso há duas semanas. Alguns deles atuavam na região do Entorno do Distrito Federal.

Na manhã desta sexta-feira (04), o tenente-coronel Luiz Alberto Sardinha assumiu o batalhão no lugar do tenente-coronel Carlos Henrique da Silva. O novo comandante disse, durante coletiva, que não afasta a possibilidade de novas mudanças no Rotam. As mudanças se deram após uma tentativa de intimidação do jornal “O Popular”, informou o site do “Correio Braziliense”.

O comandante operacional da tropa, tenente Alex Siqueira, também deixou o cargo. Ele teria liderado um comboio de oito veículos que realizou o cerco ao jornal. Por alguns minutos, circulou o prédio da empresa em baixa velocidade e com as sirenes ligadas. Segundo funcionários, alguns policiais fizeram gestos obscenos ao passar pelo local. A ação foi gravada pelas câmeras de segurança da empresa.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, as atividades ficam suspensas até a conclusão da avaliação que é feita pelo comando geral da Polícia Militar juntamente com integrantes da Corregedoria-Geral e da própria secretaria. O estudo reavalia o papel da Rotam, como missão, valores, modelo e critérios de atuação. O órgão informou que a expectativa é de que a avaliação esteja concluída depois do feriado de Carnaval.