Prefeita em exercício de SP, Alda Marco Antonio ignora lei do silêncio e participa da festa da Vai-Vai

Vale tudo – Na maior cidade brasileira, São Paulo, o Carnaval serviu como passarela para posturas antagônicas por parte das autoridades paulistanas. Desde que chegou ao comando político-administrativo da Pauliceia Desvairada, o prefeito Gilberto Kassab, ainda no Democratas, deflagrou um conjunto de operações para livrar a cidade da poluição visual e sonora. Depois do “Cidade Limpa”, que proibiu a veiculação de outdoors e cartazes, Kassab lançou o “Programa de Silêncio Urbano”, conhecido como PSIU, que tem obrigado bares e restaurantes a encerrarem suas atividades à 1 hora da manhã. Quem desrespeita a lei é multado. Em caso de reincidência, os estabelecimentos podem ser lacrados e até fechados.

No rastro do desfile das escolas de samba, os responsáveis pela sexta mais populosa cidade do planeta decidiram abandonar as leis e mergulhar na folia carnavalesca, como se São Paulo fosse uma espécie de monumento ao desmando. Enquanto Gilberto Kassab destila sua incompetência em Paris, onde mantém contatos com autoridades locais para troca de experiências (sic), a prefeita em exercício, Alda Marco Antonio (PMDB), não se fez de rogada e compareceu à quadra da Vai-Vai, campeã do Carnaval paulistano de 2011.

A festa pela conquista do título varou a madrugada e mais uma vez tirou o sono dos moradores do Bixiga, histórico bairro da cidade que acabou eternizado pelo lendário e saudoso Adoniran Barbosa. Ora, sabendo que a festa seguiria até o raiar desta quarta-feira de Cinzas, o que configura um claro desrespeito à lei, Alda Marco Antonio deveria ter se limitado a um telefonema ao presidente da escola de samba.

Como se isso não bastasse, o entorno da Vai-Vai está sob o domínio de traficantes, que fazem da região um conhecido comércio de drogas a céu aberto. Em passado não tão distante, alguns integrantes da agremiação carnavalesca acabaram presos por tráfico de entorpecentes. Resumindo, um local inadequado para qualquer autoridade, até mesmo para as mais liberais. (Foto: Luiz Guadagnoli – Secom)