Apoio japonês – O tsunami que avança pelo Oceano Pacífico, gerado pelo forte terremoto que atingiu o Japão na madrugada desta sexta-feira (11), pode chegar à costa da América do Sul. O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico divulgou um alerta dizendo que a gigantesca onda pode chegar ao Chile, Equador, Colômbia e Peru.
De acordo com o boletim, a alta magnitude do tremor e as leituras dos níveis do mar indicam que o tsunami pode causar ”amplo estrago”. O tsunami foi gerado pelo tremor de magnitude 8,9 na escala Richter e que teve seu epicentro a 400 quilômetros da costa do Japão, a uma profundidade de 32 quilômetros.
O embaixador do Brasil no Japão, Marcos Bezerra Abbott Galvão, afirmou nesta manhã à “Agência Brasil” que não há registros de vítimas entre os 254 mil brasileiros que moram em território japonês. Por via das dúvidas, o embaixador determinou que todos os funcionários da Embaixada do Brasil no Japão mantenham um plantão de emergência para o atendimento à comunidade brasileira e às famílias de quem vive em cidades japonesas.
Galvão afirmou ter recebido apoio do Ministério das Relações Exteriores do Japão para ajudar no que for necessário. De acordo com ele, a tranquilidade dos japoneses em lidar com o assunto é extraordinária.
Como está a situação agora no Japão?
Houve um terremoto de 8,9 graus na escala Richter, considerado de grande intensidade até para os padrões japoneses cujo limite é 7 graus, seguido de um maremoto. Foi uma sequência de abalos muito forte e de uma força extraordinária e quase incompreensível. Algo sem precedentes no Japão que constantemente passa por tremores. O último boletim aponta para 36 mortos, 43 desaparecidos e 132 feridos. Em qualquer outro lugar do mundo certamente os dados seriam mais assustadores porque há toda uma estrutura preparada para os terremotos. Há cerca de uma hora não se sentem mais abalos sísmicos por aqui.
Há uma preocupação com os brasileiros que moram no Japão, uma vez que a comunidade é imensa. Como eles estão?
Há 254 mil brasileiros morando hoje no Japão. Nós, na embaixada, e os três consulados estamos em contato permanente com a comunidade, e não há informações de vítimas. Isso porque o terremoto e o maremoto ocorreram em uma região onde há poucos brasileiros – no Nordeste do Japão. A concentração da comunidade brasileira é no Sul do país.
O senhor já falou com o chanceler Antonio Patriota e o Itamaraty. Quais são as orientações do Brasil?
As orientações são muito claras: estar à disposição da comunidade brasileira e das famílias de quem mora no Japão. A ideia é manter na embaixada o regime de plantão de emergência para prestar informações e esclarecimentos.