Dilma desdenha dos bombeiros e das bailarinas durante entrevista à apresentadora Hebe Camargo

Tiro no pé – Quem faz um político? Independentemente do cargo, um político depende de maneira visceral de sua assessoria. Uma informação errada ou distorcida passada por um assessor é suficiente para arruinar a carreira nem sempre louvável de um político. Um dos bons e mais recentes exemplos dessa dependência atende pelo nome de Luiz Inácio da Silva. Nos primeiros meses de seu mandato de estreia, Lula ainda atendia aos apelos do marqueteiro Duda Mendonça. À medida que ganhava intimidade com o poder, o então presidente abandonou os discursos pré-produzidos e passou a falar de improviso. E nesse quesito o pífio e galhofeiro histórico de Lula fala por si só.

O mesmo acontece com a presidente Dilma Rousseff, que evita as aparições públicas por conta de uma maneira pouco diplomática de referir aos seus interlocutores, mas que seus aduladores preferem afirmar que se trata de um estilo mais reservado da inquilina do Palácio do Planalto.

Na entrevista que concedeu à apresentadora Hebe Camargo, agora na RedeTV, a presidente cometeu uma enorme gafe ao relatar seus sonhos de menina. Disse Dilma à apresentadora que quando criança queria ser bombeira ou bailarina, mas que com o passar do tempo evoluiu. Ou seja, para Dilma Rousseff bombeiro e bailarina são profissões de pessoas menos evoluídas, para não falar em involução.

Quando nos referimos à presidente Dilma como “neopetista”, muitos são os que torcem o nariz para tal citação. Na verdade, Dilma Rousseff é considerada uma cristã nova no PT, pois sua estreia legal na política nacional se deu através do PDT, partido a que foi fiel durante alguns anos. Quando ainda estava casada com o deputado gaúcho Carlos Araújo, a outrora dona de casa Dilma participava muito discretamente dos rega-bofes políticos organizados pelo marido em Porto Alegre. Em suas parcas incursões, Dilma sempre usou o termo “essa gente” para fazer referência aos petistas.

Para quem chegou ao Palácio do Planalto sob a bandeira do Partido dos Trabalhadores, insinuar que bombeiro e bailarina são profissões de pouca evolução é no mínimo heresia. Mas há quem diga que cada povo tem o presidente que merece. Os bombeiros e as bailarinas já acham que não.