Vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas faltará ao trabalho durante dez dias para visitar a neta

Vida mansa – O poder é doce, mas também é dourado! E é exatamente por isso que aqueles que nele estão não querem arredar o pé. Há quem garanta que a democracia é o modelo político no qual o poder emana do povo, mas no Brasil essa teoria vale apenas no momento em que os políticos precisam dos votos dos incautos eleitores.

Como noticiou o ucho.info, o ócio remunerado de deputados e senadores durante o Carnaval – foram treze dias de folga – custou ao contribuinte a bagatela de R$ 33 milhões. Em outras palavras, os parlamentares abandonaram o trabalho no período momesco, mas mesmo assim viram aterrissar em suas respectivas contas bancárias o gordo salário mensal e outras verbas acessórias. Tão longo interregno laboral teria provocado a demissão no caso de um reles trabalhador.

Eleita para a primeira vice-presidência da Câmara dos Deputados, a capixaba Rose de Freitas (PMDB) anunciou na tarde desta quarta-feira (16), durante sessão plenária, que se ausentará da Casa Legislativa nos próximos dez dias. Quem acompanhava a transmissão da TV Câmara por certo ficou perplexo com a justificativa apresentada pela deputada peemedebista.

Sem nenhum rubor facial e com a desfaçatez típica da cena política nacional, Rose de Freitas disse aos seus pares e diante das câmeras que deixará o trabalho para visitar uma neta recém-nascida e que, segundo a parlamentar, “mora do outro lado do mundo”. Segundo apurou o ucho.info, a neta da deputada Rose de Freitas é canadense.

Ora, estrear como avó é um direito que toda mulher tem, mas muitas brasileiras demoram anos para conhecer seus netos porque não podem abandonar o trabalho. Rose de Freitas poderia ter aproveitado o descanso douradamente remunerado do carnaval para visitar a família na Oceania.

Experimente você, caro leitor, deixar de trabalhar durante dez dias sob a desculpa de visitar um neto. Na volta, não hesite em enviar um e-mail para o ucho.info relatando o final da epopeia.