Defesa própria – Aécio Neves, o ex-governador de Minas Gerais, chegou ao Senado Federal com a expectativa de ocupar o vácuo deixado pela oposição. Desde a sua posse, em primeiro de fevereiro, o senador pelo PSDB tem feito discretas declarações à Imprensa. Neste período, não participou de nenhum debate no plenário sobre qualquer assunto e tão pouco fez um pronunciamento no púlpito da Câmara Alta.
Esse “desaparecimento” pode acabar nesta quarta-feira (6), quando Aécio Neves deverá fazer seu primeiro pronunciamento. Os tucanos próximos ao ex-governador, como o deputado Sérgio Guerra (PE), garantiram ontem (5) à reportagem do ucho.info que não sabem do conteúdo do discurso. “Não sei de nada”, resumiu o ex-deputado baiano e ex-líder da bancada na Câmara, João Almeida.
Informalmente comenta-se que Aécio deverá discursar sobre temais centrais, como o papel dos tucanos e da oposição, críticas ao governo federal e sugerir propostas. O senador estaria alijado até mesmo dentro do partido por conta de uma disputa com o ex-governador José Serra. Ele também foi isolado do contexto nacional por ações do Palácio do Planalto, que redirecionou todos os grandes investimentos de Minas Gerais para outros estados.
O tom do discurso é de resgate dos feitos do PSDB para que vivamos hoje num país muito melhor, como Aécio Neves admite, mas ressaltando que, se não fosse o PSDB, não estaria tão bem assim, segundo o jornal “O Globo”.
“Para suportar as crises econômicas internacionais cíclicas — e já foram muitas — e salvaguardar o sistema financeiro nacional, estruturamos o Proer, sob as incompreensões e o ataque cerrado dos nossos adversários. Os mesmos que o utilizaram para ultrapassar o inferno da crise de 2009 e que o apresentam agora como exemplo de boa governança para o mundo”.
