Aécio Neves ataca o PT, que se perde e esquece as mazelas patrocinadas por Lula da Silva

Contra a parede – O fato político mais importante da quarta-feira (6) foi o discurso de estreia do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que durou mais de quatro horas por causa dos inúmeros apartes que o parlamentar mineiro concedeu a seus pares.

Considerado um divisor de águas na atual convivência entre o governo e a oposição, até então letárgica, o discurso do senador tucano não poupou críticas ao ex-presidente Lula da Silva, citado diversas vezes de forma inominada, e à atual presidente Dilma Rousseff, que na opinião de Aécio é protagonista de um “continuísmo com graves contradições”.

Como já era esperado, a tropa de choque palaciana, sem ter muito que falar, escalou alguns de seus representantes para tentar rebater a fala de Aécio Neves. Senador pelo PT de Pernambuco, o ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, cobrou do colega tucano um mínimo de humildade, pois o ex-governador de Minas Gerais deveria reconhecer as conquistas do governo Lula da Silva. “O nosso governo foi o que mais fez pelo nosso povo em toda a história”, afirmou Costa.

Assíduo frequentador da claque plateia de Luiz Inácio da Silva e acusado de envolvimento no escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “Máfia dos Sanguessugas”, o pernambucano Humberto Costa sabia, de cor e salteado, algumas das principais conquistas patrocinadas pelo governo do PT quando exaltou as proezas da administração do messiânico ex-presidente. Naquele momento, o senador petista por certo se recordou de que o “Mensalão do PT” foi o maior escândalo de corrupção da história política brasileira, que o programa Bolsa Família permitiu a criação e a manutenção de um obediente curral eleitoral – assunto que nos bastidores é facilmente confirmado por petistas ilustres – e que a concessão de crédito irresponsável serviu não apenas para ampliar de forma criminosa a classe média de nossa querida e desgovernada Botocúndia, mas também e principalmente para levar a população incauta a índices recordes de endividamento.

Como disse certa vez um filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”.