Aumento do IOF nas compras a prazo pode não surtir efeito e entupirá os abarrotados cofres oficiais

Antídoto novo – Sem ter como criticar a amaldiçoada herança deixada por seu antecessor, o messiânico Luiz Inácio da Silva, a neopetista Dilma Vana Rousseff vem acompanhando as diversas tentativas que as autoridades econômicas de seu governo fazem para debelar o maior fantasma da economia, a inflação. Não faz muito tempo, a presidente disse que essa batalha seria facilmente vencida e que a inflação não decorria do excesso de consumo.

A primeira medida para derrubar a inflação foi efetuar cortes no orçamento da União, como forma de, em tese, promover um ajuste fiscal. Mas os tais cortes ficaram apenas na retórica, pois em 2010, por conta da necessidade de eleger Dilma, o mitômano Lula autorizou o inchaço do orçamento federal. Mais recentemente, o ministro da Fazenda, que semanas atrás ameaçou deixar o governo, anunciou o aumento do IOF para as compras realizadas no exterior com cartões de crédito. A medida em nada adiantará, a não ser o ingresso de R$ 800 milhões nos cofres da viúva.

Na quinta-feira (7), Mantega voltou à cena e anunciou o aumento do IOF, de 1,5% para 3% ao ano, nas operações de crédito ao consumidor. Em outras palavras, compras a prazo sofrerão um pequeno aumento, mas com boa dose de certeza e para desmentir o messianismo de Dilma Rousseff, o consumo em alta deve continuar. Tudo porque ao final o impacto dessa anunciada majoração do IOF não causará nem mesmo cócegas no bolso do consumidor.

No financiamento de um carro de R$ 50 mil serão acrescidos R$ 750, valor que de alguma maneira será convertido em desconto pelas montadoras, concessionárias e financeiras, que não querem perder de vista os incautos consumidores. Sem contar que, embutidos no preço final do carro, os R$ 750 serão diluídos em longas e quase intermináveis parcelas.