Dilma desiste de ir ao velório das vítimas de Realengo para se encontrar com os músicos do U2

Script novo – Quando um político alcança o mais alto cargo de uma nação, nesse caso o Brasil, durante alguns anos ele terá a chance de experimentar inúmeras situações inusitadas, entre elas a chance de representar como se estivesse sobre o tablado do mais cobiçado dos teatros do planeta. E isso acontece independentemente da cangalha partidária ou da bandeira ideológica do que lá chegou.

Assim foi com Lula, assim será com Dilma Vana Rousseff, a então candidata petista que foi eleita para dar continuidade ao fiasco de seu antecessor. Quando, na manhã de quinta-feira (7), em Brasília, Dilma derramou lágrimas diante de uma plateia de empresários ao comentar a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, errou enormemente quem acreditou no viés puro e verdadeiro daquele momento de comoção.

Horas depois do discurso lacrimejante de Dilma, o porta-voz da Presidência da República informou que a presidente participaria nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, do velório de algumas das crianças mortas pelo franco atirador Wellington Menezes de Oliveira, em Realengo. As lágrimas e o anúncio palaciano não surgiram do nada e nem mesmo foram impensados, pois quem está na mais importante cadeira da nação precisa tirar proveito político de toda e qualquer oportunidade que surge.

Enquanto as enlutadas famílias se debruçavam sobre as inocentes crianças que foram abatidas por um psicopata, Dilma Rousseff recebia no Palácio da Alvorada a banda U2, liderada pelo vocalista Bono Vox. A presidente, que estava acompanhada do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci Filho, e da Secretária de Comunicação Social, Helena Chagas, convidou o vocalista para um almoço na residência presidencial.

Em outras palavras, aquelas lágrimas típicas de carpideiras profissionais, úteis para ludibriar a massa ignara da população, serviram para mostrar que quando o assunto é prioridade a aprovação política está em primeiro lugar na lista da presidente Dilma Rousseff.