Adolescentes alvejados por tiros do algoz de Realengo apresentam melhoras em hospital

Nove das dez vítimas do atirador que invadiu a escola Tasso da Silveira, em Realengo, na última quinta-feira (7), apresentam melhora no quadro de saúde, informou hoje (11) a Secretaria de Saúde do Estado do Rio. O único caso grave é o do rapaz de 13 anos baleado no olho direito que se recupera do pós-operatório de neurocirurgia, no Hospital Estadual Pereira Nunes, no bairro de Saracuruna.

Ele está sedado e respira com ajuda de aparelhos. Outra vítima (13 anos) internada nessa instituição, atingida no abdômen e na coluna, foi operada na quinta-feira e respira espontaneamente. Os dois permanecem internados no CTI Pediátrico. O adolescente de 14 anos internado no Hospital Alberto Torres que sofreu lesão vascular grave no ombro direito está lúcido e reage bem ao pós operatório, mas ainda não tem previsão de alta, de acordo com a Secretaria de Saúde.

No Hospital Albert Schweitzer, uma das vítimas do massacre na Escola Tasso da Silveira (13 anos) que está com uma fratura no antebraço, passa bem, mas segue em observação. Um menino de 14 anos, baleado no abdômen e na mão, está consciente, mas ainda respira com a ajuda de aparelhos. O estado é regular, com melhora clínica, e ele permanece sob cuidados intensivos. Um menino de 12 anos baleado no abdômen recupera-se bem do pós-operatório e respira espontaneamente, mas ainda não tem previsão de alta.

No Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia estão internadas duas vítimas do atirador e ambos estão estáveis. Um rapaz (13 anos), baleado no braço, está se recuperando bem da cirúrgica. Uma menina (13 anos) baleada nas mãos também passa bem, após cirurgia, e está em observação.
No Hospital Universitário Pedro Ernesto, o rapaz baleado na perna e no braço encontra-se estável e evolui bem. No Hospital da Polícia Militar, um menino de 14 anos baleado na cabeça, mão e clavícula passa bem após a cirurgia realizada na quinta-feira.

Depois de ter sido arrombada e ter o muro pichado com os dizeres “assassino e covarde” no fim de semana, a casa da família do atirador Wellington Oliveira teve o muro pintado de branco por vizinhos na manhã de hoje (11). Os portões que haviam sido arrombados foram fechados com cartolina branca. Vizinhos também colocaram em frente à casa um cartaz pedindo paz.

Pela manhã, dois responsáveis foram à escola pedir a transferência dos netos, mas ouviram do porteiro que talvez não fosse possível conseguir o documento nesta segunda-feira. Os pais que chegam para pegar as mochilas e material escolar das crianças estão sendo orientados a retornar a partir das 14 horas. (Foto: Severino Silva – O Dia)