Jaqueline Roriz volta à Câmara, mas segue orientação da defesa para não falar com a imprensa

Briga de casal – A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), que está sendo investigada pela Corregedoria e pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, reapareceu na manhã desta segunda-feira (11) em seu gabinete. A parlamentar, no entanto, evitou falar com a imprensa e disse que só se manifestará quando receber as acusações formais dos dois órgãos da Casa.

A estratégia foi definida pelo advogado José Eduardo Alckmin, informou nesta tarde por telefone a assessoria de imprensa de Jaqueline. Alckmin se encontrou na semana passada com representantes do Conselho de Ética, ocasião em que teria afirmado, de acordo com o “Jornal do Brasil”, que não cabe ao órgão apurar fatos que não sejam praticados por quem não é deputado federal.

Pesam contra a filha do ex-governador Joaquim Roriz (PMN) duas acusações por quebra de decoro parlamentar protocoladas pela CUT e pelo PSol do Distrito Federal. Nas denúncias ela aparece como beneficiária de um esquema de propina que funcionou no governo do Distrito Federal e também por utilizar indevidamente verbas de representação da Câmara para pagar o aluguel de uma sala pertencente ao seu marido. O casal estaria sem se falar há quase um mês.

É o mesmo período que Jaqueline deixou de comparecer na Câmara. Para justificar as faltas, apresentou um atestado médico que não foi aceito pela Mesa Diretora da Câmara, que determinou um desconto de pouco mais de R$ 14 mil do salário da deputada.

Primeiramente, ela apresentou um atestado médico indicando problemas psicológicos em decorrência da divulgação de um vídeo na qual aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador do esquema de corrupção que ficou conhecido como “Mensalão do Democratas”.

Na quinta-feira (7), Jaqueline Roriz esteve na Câmara onde mais uma vez disse que não iria se manifestar contra as denúncias e acusações. “Eu me guardo no direito de, nesse momento, me calar porque necessito esperar formalmente as acusações”. No dia seguinte, internou-se numa clínica particular por dois dias. De acordo com a assessoria da deputada, ela teve uma infecção urinária que acabou atingindo os rins.