Sede da Copa do Mundo, São Paulo transformou-se em palco do banditismo oficializado

Mãos ao alto – Desde quando a FIFA anunciou, em Zurique, que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, o ucho.info vem insistindo na tese de que o País não tem qualquer condição de abrigar a mais importante e badalada competição do futebol planetário. Fora isso, o Brasil tem necessidades outras, que não a de se preparar para receber evento esportivo de tamanha magnitude.

Ao criticar a caótica situação dos aeroportos brasileiros, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, mereceu do então presidente Lula da Silva, de forma covardemente transversa e inominada, o rótulo de “idiota”. Por certo Valcke nada tem de idiota, mas foge do seu conhecimento a realidade de um País que é vendido por seus governantes como uma nação emergente e em franca expansão.

Semanas atrás, Edson Arantes do Nascimento, contrariando os interesses palacianos, declarou que o Brasil corre o sério risco de protagonizar um vexame por ocasião da Copa de 2014. Os integrantes do governo federal certamente não gostaram da declaração do Atleta do Século, mas não há como negar que sua profecia é precisa e verdadeira.

Para que os incautos e aqueles que discordam das nossas opiniões entendam as razões que nos levam a criticar a megalomania que emana do Palácio do Planalto, a maior e mais importante cidade brasileira, São Paulo, foi palco de um descalabro sem precedentes, assunto que deve correr o rumo com certa facilidade.

Quem foi ao último show do U2 na capital paulista, na noite de quarta-feira (13), se deparou com cenas de banditismo explícito. Estacionar o carro nas imediações do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, no bairro de mesmo nome, custava entre R$ 80 e R$ 150, dependendo da boa vontade do nefasto “flanelinha”. Na saída do show, muitos fãs da banda liderada pelo vocalista Bono Vox se assustaram com o preço cobrado pelos táxis para uma corrida curta e rápida: R$ 300. Normalmente, uma corrida idêntica não custa maios do que R$ 35.

A Polícia Militar, que prendeu apenas alguns taxistas e flanelinhas, informou que no local havia dezenas de viaturas, cavalaria e aproximadamente mil policiais. Sempre lembrando que o Estádio do Morumbi fica a menos de um quilômetro do Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.

Preocupado com a fundação do seu novo partido, o PSD, o fanfarrão Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, não fez qualquer pronunciamento a respeito do escárnio ocorrido no entorno da praça esportiva, bem como não tomou qualquer atitude para punir os meliantes. O mínimo que se poderia esperar das autoridades é que esses assaltantes oficializados fossem presos, respondessem à Justiça Criminal e perdessem a licença de taxista.

Mesmo assim, há aqueles que continuam acreditando na balela discursiva de Luiz Inácio da Silva e têm certeza que o Brasil fará um espetáculo inesquecível. E não é difícil imaginar a impressão que o turista estrangeiro levará dessa barafunda chamada Brasil. Enfim…