Familiares das vítimas do voo da TAM lembram os mortos, mas verdade continua manipulada

Pano quente – Na manhã de domingo (17), os familiares das vítimas do acidente da TAM reuniram-se mais uma vez em Porto Alegre, próximo do aeroporto Salgado Filho, para homenagear os 199 mortos no mais grave desastre aéreo brasileiro. Durante o encontro, realizado pela Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas da TAM do voo JJ-3054 (Afavitam), os cinquenta participantes cobraram das autoridades maior segurança no transporte aéreo e a possibilidade de acompanhar de perto as investigações sobre a tragédia, cuja conclusão continua emperrada por conta dos interesses dos verdadeiros responsáveis.

Logo após o acidente ocorrido em 17 de julho de 2007, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pessoas ligadas ao Palácio do Planalto passaram a atuar covardemente nos bastidores para que as verdadeiras causas da tragédia não fossem reveladas, pois colocaria em xeque a competência de um governo que passou oito anos a reboque da pirotecnia discursiva. Diante das conclusões que apontavam para a culpa do governo federal, alguns palacianos entraram em ação para, a bordo de ameaças torpes e covardes, intimidar aqueles que ousaram revelar a verdade, mas acabaram convencidos de que creditar a culpa aos pilotos mortos seria a melhor saída.

Há dias, o ucho.info conversou longa e reservadamente com uma autoridade policial paulista que participou de forma ativa da investigação, mas que por questões pessoais, que sempre emolduraram sua carreira profissional, permaneceu longe dos holofotes da tragédia, assim como os de outros casos. Terminada a exposição sobre o acidente que marcou a história da aviação nacional, o policial, que está a um passo da aposentadoria, disse à reportagem que a principal causa do acidente com o Airbus da TAM foi as condições inadequadas da pista do aeroporto paulistano.

Desde o ocorrido, os jornalistas do ucho.info têm insistido na tese de que se as famílias das vítimas querem protestar pela demora nas investigações, o que é um direito indiscutível, que o façam à porta do Palácio do Planalto, pois lá se escondem os verdadeiros culpados.