Interesse zero – A primeira reunião pública da comissão de reforma política da Câmara dos Deputados pode ser considerada um tremendo fracasso. Sem a participação esperada, o encontro programado para a tarde desta terça-feira (26) com presidentes das Assembleias Legislativas e das Câmaras municipais das capitais, além de representantes da chamada sociedade organizada. O número presentes, na verdade, esteve muito abaixo do esperado.
O fiasco também marcou a discussão sem objetivos, inclusive com poucos parlamentares. Se depender do resultado de hoje, os encontros regionais programados para esta semana e ao longo do mês de maio, a iniciativa de audiências públicas descentralizadas provocará apenas gasto do dinheiro público.
Na primeira bateria de recursos foi aprovada a compra de passagens aéreas para dez parlamentares se deslocarem aos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Sergipe, Paraíba, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná. Serão promovidas reuniões ainda em data a serem escolhidas no Acre, Bahia, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Na conta da viúva também serão debitadas despesas com alimentação e hospedagem.
Na reunião, a despeito do fracasso da participação popular, foram aprovados onze requerimentos sem qualquer tipo de contestação. Entre eles, o das deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Luci Choinacki (PT-SC), que requer a realização de Audiência Pública para discutir medidas visando garantir que, no novo ordenamento político-eleitoral brasileiro, a ser instituído pela reforma política ora em debate, haja o efetivo respeito ao principio da equidade de gênero.
A comissão aprovou também um requerimento do deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), envolvido no escândalo dos dólares na cueca, que requer a realização, no âmbito da Comissão, de audiência pública para debater a Reforma Política com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar cearense também quer a presença nas audiências dos presidentes do PMDB, PT, PSDB, DEM, PCdoB, PSB e PSOL.
