Endividado, consumidor deixa de comprar alimentos e preço da cesta básica cai em 14 capitais

Luz vermelha – O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta quarta-feira (4) os resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica. De acordo com o levantamento, em quatorze das dezessete capitais pesquisadas, o preço da cesta básica apresentou retração. Segundo o órgão, a redução foi superior a 3% em Salvador (7,87%), Recife (3,69%) e Aracaju (3,36%). No contraponto, o Dieese registrou alta em três outras capitais: Porto Alegre (1,34%), Florianópolis (0,91%) e São Paulo (0,35%).

Os técnicos creditam à redução do preço do tomate o recuo do valor da cesta básica, mas há nesse cenário alguns fatores que transcendem a coleta de dados. Entre os principais motivos para a redução do preço da cesta básica está a diminuição do consumo de alimentos em geral, resultado do avanço do índice de inadimplência do consumidor, que disparou depois que o então presidente Lula da Silva arremessou 36 milhões de novos integrantes na classe média, todos eles incautos que apostaram na tese irresponsável do consumo desenfreado.

Por conta do grau de endividamento das famílias brasileiras e a disparada da inadimplência, o consumidor passou a economizar na alimentação como forma de evitar a bancarrota. Em outras palavras, o preço da cesta básica encolheu porque entrou em cena o binômio “oferta e demanda”. Quando a demanda perde força, a tendência é o preço de alguns produtos cair.

Para complicar ainda mais o quadro atual, o Dieese estima que um trabalhador precisa ganhar mensalmente R$ R$ 2.255,84 para enfrentar as despesas relativas à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor sugerido pelo órgão equivale a 4,14 salários mínimos, atualmente fixado em irrisórios R$ 545.

Mesmo assim, Lula deixou o Palácio do Planalto a bordo do slogan “Brasil, um país de todos”, ao passo que Dilma assumiu o posto no vácuo da frase “País rico é país sem miséria”. Resta saber como esses herdeiros de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada, conseguirão acabar com a fome e a miséria no País.