(*) Genésio Araújo Júnior, do Política Real –
O ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, fará uma “intervenção” no Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT). A decisão atinge especialmente a Superintendência do Ceará e promete convocar a bancada federal para um próximo encontro, em 30 dias, com o objetivo de apresentar um relatório da situação assim como indicar alternativas para resolver os problemas das estradas.
“O importante é que foi selado um compromisso com a bancada federal. O ministro reconheceu o estado de calamidade das estradas federais cearenses”, disse o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Foi ele quem começou a série de reclamações da bancada federal e anunciou que poderia convocar o ministro para falar no Senado.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) admitiu que “são muitos os problemas”, disse em tom de espanto. A crise de gestão reconhecida pelo ministro e não de recursos, impressiona pois existe a necessidade de relatórios ambientais, problemas com índios, problemas com a Coelce entre outras empresas e autarquias públicas do Ceará, como destacaram os deputados.
O deputado Raimundo Matos (PSDB-CE), único de oposição na reunião elogiou o ministro que chamou para si a responsabilidade de uma questão polêmica e que tenciona toda a base parlamentar do governo e dá combustível à oposição.
“Achei muita coragem do ministro em chamar para si a solução para a crise nas estradas no Ceará. Eu temo que mesmo assim vamos chegar o fim do ano e não teremos resolvido os mais graves problemas. Mesmo que ele acelere nas licitações. Vão demorar 60 a 90 dias e existem problemas de demanda e oferta nesta área. Soubemos que o Brasil está recebendo asfalto do Caribe”, disse o tucano.
O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) disse que o ministro vai exigir um relatório do DNIT para definir um “Plano Estratégico de Intervenção” para dar agilidade as obras. Danilo disse que o Ministério vai reservar R$ 280 milhões para atender os casos mais graves, especialmente nas BR’s 222 e nos entroncamento da BR 116 e 020.