O caos é agora – Conjugada com a extensa incompetência que emoldurou o governo federal nos últimos oito anos, a crise financeira internacional obrigou o então presidente Luiz Inácio da Silva a ocupar os meios de comunicação, em 2008, para pedir aos brasileiros que mantivessem em níveis elevados o consumo interno, como forma de minimizar as consequências do movimento da economia global, que recebeu o apelido galhofeiro de marolinha.
Desde então, os jornalistas do ucho.info têm alertado para o perigo do consumo irresponsável, sempre alavancado pelo crédito fácil, além de destacar que o derrame de carros novos nas grandes cidades reforçaria em pouco tempo o caos no trânsito. Esse quadro, que já é uma indesejável realidade, decorre das benesses tributárias concedidas por Lula ao setor automobilístico.
Em abril, firam licenciados em todo o País 289,2 mil automóveis, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões, o que faz com que o quarto mês de 2011 tenha registrado crescimento de 4,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a março deste ano, a venda de veículos novos em abril apresentou queda de 5,5%, reflexo das contas do início do ano e do acúmulo de feriados prolongados nos quatro primeiros meses de 2011.
O primeiro quadrimestre do ano foi marcado pelo emplacamento de 1,114 milhão de veículos, volume recorde que superou em 4,6% a melhor marca até então registrada, de 1,066 milhão de unidades no mesmo período de 2010.
A prova maior do caos que se instalou definitivamente no trânsito das grandes capitais pode ser conferida em São Paulo, onde os táxis não conseguem atender à demanda nos chamados horários de pico. Isso não significa que a frota de táxis da maior cidade brasileira seja insuficiente, mas o trânsito está aumentando cada vez mais o tempo de uma corrida. O que faz com que outros usuários fiquem a ver navios.
Mesmo assim, o governo federal, sob a administração do genial Lula, não destinou um centavo de Real obtido com o incremento da venda de automóveis para a melhoria do trânsito nas principais cidades brasileiras. Como disse certa vez aquele profeta do botequim da esquina, “nunca antes na história deste país”.