Fechando as portas – Certa feita, a bordo de seu conhecido e fajuto messianismo, Luiz Inácio da Silva disse que a China era uma economia de mercado. Diferentemente do que afirmou Lula, nove entre cada dez pessoas sabem que a economia chinesa é movida pela covardia da concorrência desleal, que ao longo dos anos tem corroído muitos negócios além de suas fronteiras.
Sem uma legislação que proteja o trabalhador, o que permite a desoneração tributária de seus produtos, a China tem provocado no Brasil o fechamento de empresas e a eliminação de postos de trabalho, em diversos setores da economia verde-loura, a começar pelos segmentos têxtil e de calcados.
Para mostrar que o discurso de Lula da Silva sobre a economia chinesa foi recheado de irresponsabilidade, a fabricante de calçados Azaléia anunciou na segunda-feira (9) o fechamento de sua fábrica em Parobé, no Rio Grande do Sul. Com isso, a empresa calçadista demitiu 800 funcionários e deixará de produzir 8 mil pares de calçados por dia.
A diretoria da Azaléia explicou que a decisão de fechar uma das suas unidades se deve à concorrência dos produtos estrangeiros. “Temos feito progressos no ajuste a esta conjuntura, mas a crescente participação de calçados importados no mercado interno e a perda de competitividade nas exportações não favorecem uma expansão expressiva dos nossos volumes de vendas”, informou em nota a empresa, que tem 44 mil funcionários e capacidade para produzir cerca de 250.000 pares de calçados em suas fábricas na Argentina e no Nordeste brasileiro.
Com essa decisão, a Azaléia manterá no Rio Grande do Sul so departamentos de marketing, desenvolvimento de produtos, planejamento, suprimentos, logística e recursos humanos. Como disse aquele famoso ë sempre ufanista filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”.